Aroma, Dicas de harmonização, Processos de Vinho

Uvas exóticas, estas delícias desconhecidas.

Já a algum tempo em uma degustação fui apresentado à uva EGIODOLA, até então desconhecida por mim. Uma uva interessante muito perto de um Pinot Noir, mas com menor acidez.   

Nas minhas andanças e conversas sobre vinhos percebi que muita gente está acostumada a conhecer os vinhos pelos nomes de suas uvas. Isso não é errado, mas cria um pouco de preconceito com as outras castas e o enófilo deixa de conhecer outros aromas e sabores.

Um enófilo (pessoa que gosta de vinho) conhece as principais castas Cabernet Sauvignon, Merlot, PinotNoir, Syrah, Malbec, Nebbiolo, Chardonnay, 

Sauvignon Blanc e até Carménère, que ganhou mais exposição no Brasil devido a vários vinhos varietais com esta uva que são vendidos por aqui.

Pois bem, para não tomar muito tempo vou direto ao ponto e apresentar uma serie de uvas exóticas que você deve experimentar sempre que tiver oportunidade.

EGIODOLA – A Egiodola é uma uva hibrida (cruzamento das uvas Abouriou e Negra Mole). A palavra Egiodola é a contração de duas palavras bascas, Egiasko e Odola, que significam ‘sangue de verdade’. Casta pouco conhecida e exótica, é resistente e de maturação precoce em comparação com as demais tintas, possui boa resistência a doenças e produção vigorosa. A Egiodola apresenta uma cor vermelho-rubí bem profunda, é tânica, tem pouca acidez, sendo geralmente usada em cortes com outras tintas, mas também dá origem a varietais com boa capacidade guarda. A Egiodola é cultivada principalmente na França, também podemos encontrar vinhedos na Espanha, Suíça e no Brasil onde apresenta uma acidez mais elevada que os cultivares europeus.

Ribolla Gialla Encontrada em plantações nas DOC (Dominazione de Origine Controlatta) de Collio (Goritzia) e Colli Orientali (Udine), bem como logo após a fronteira, já na Eslovênia, onde é chamada de Rebula. Seus vinhos são de uma acidez penetrante, com boa carga mineral (sílex) e leves tons frutados, com destaque para cítricos. 

Teroldego Na região do Trentino, temos uma das mais espetaculares cepas que é a tinta mais importante das Dolomitas. Dolomitas é uma sub-região que possui uma estrada chamada de “Estrada das Dolomitas”, que liga a lindíssima cidade de Cortina D’ampezzo a Bolzano, já quase no Tirol austríaco.

Petit Verdot Petit Verdot, também conhecida apenas como Verdot, é um tipo de uva de vinhos tintos clássica da região de Bordeaux, na França. Esta uva surgiu em Bordeaux muito tempo depois das outras variações de uva da região. É utilizado em misturas por suas características versáteis

Carignan Mais uma cepa francesa que tem conseguido novos adeptos mundo afora é a Carignan. Uma das mais plantadas no Languedoc Roussillon, ela tem muita penetração também na vizinha Espanha. Por lá, é conhecida como Cariñena e tem presença forte nas regiões da parte superior do rio Ebro (Rioja, Navarra e Aragon) e ainda no Priorato e Catalunha. Na Itália, com o nome de Cariñano, faz sucesso tmabém na Sardenha.

Mourvèdre também conhecida como Monastrell na Espanha, e ainda Mataró, principalmente para os australianos e californianos. Esta controversa cepa produz seus melhores vinhos na Provença e no sul do Rhône, na França, no sul e centro da Espanha, e na Califórnia. É mais conhecida pelo nome francês, mas é de origem espanhola. 

Pinot Gris A produção de vinhos secos e brancos com características fabulosas não é para qualquer um. Poucas uvas conseguem essa distinção, como a exuberante Pinot Gris da Alsácia. Antes, era chamada de Tokaj D’Alsace ou Tokaj Pinot Gris, mas a União Europeia decidiu que só os húngaros podem utilizar o nome Tokaj em seus vinhos.

Teríamos aqui assunto para muitas horas de conversa, pois as variedades são enormes. Procurei falar de alguns vinhos que já provei e, claro, pesquisei um pouco para falar para vocês.

O vinho é assim:

  1. Goste
  2. Pesquise
  3. Conheça sempre algo diferente.
  4. Não fique preso ao trivial.

Lembre-se o melhor vinho é aquele que te agrada. A Great Wines tem sempre uma dica boa para você.

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